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1

Simão de Vasconcelos não declara o nome da índia, cuja ação refere em sua Chronica. Achei que não foi o caso desta tamoia o único em que tão galhardamente se manifestou a fidelidade conjugal e cristã.

O padre Anchieta, na carta escrita ao padre-mestre Lainez, a 16 de abril de 1563, menciona o exemplo de uma índia, mulher de um colono, a qual, depois de lho matarem os índios, caiu em poder destes, cujo Principal a quis violentar. Ela resistiu e desapareceu. Os índios fizeram correr a voz de que se matara; Anchieta supõe que eles mesmos lhe tiraram a vida. Caso análogo é referido pelo padre João Daniel (Tesouro descoberto no Amazonas, p. 2.ª, cap. III); essa chamava-se Esperança e era da aldeia de Cabu. (N. do A.)

 

2

A vila de S. Vicente. (N. do A.)

 

3

Tinham os índios a religião monoteísta que a tradição lhes atribui? Nega-o positivamente o Sr. Dr. Couto de Magalhães em seu excelente estudo acerca dos selvagens, asseverando nunca ter encontrado a palavra Tupã nas tribos que freqüentou, e ser inadmissível a idéia de tal deus, no estado rudimentário dos nossos aborígenes.

O Sr. Dr. Magalhães restitui aos selvagens a teogonia verdadeira. Não integralmente, mas só em relação ao sol e à lua (Coaraci e Jaci), acho notícia dela no Thesouro do padre João Daniel (citado na nota 1); e o que então faziam os índios, quando aparecia a lua nova, me serviu à composição que vai incluída neste livro (pag. 58)

Sem embargo das razões alegadas pelo Sr. Dr. Magalhães, que todas são de incontestável procedência, conservei Tupã nos versos que ora dou a lume; fi-lo por ir com as tradições literárias que achei, tradições que nada valem no terreno da investigação científica, mas que têm por si o serem aceitas e haverem adquirido um como direito de cidade. (N. do A.)

 

4

Pomos os versos em itálico para faqcilitar a leitura, embora o autor assim não os tenha colocado. (N. do E.)

 

5

É ocioso explicar em notas o sentido desta palavra e de outras, como pocema, muçurana, tangapema, canitar, com as quais todo leitor brasileiro está já familiarizado, graças ao uso que delas têm feito poetas e prosadores. É também desnecessário fundamentar com trechos das crônicas a cena do sacrifício do prisioneiro, na estância XI; são coisas comezinhas. (N. do A.)

 

6

Simão de Vasconcelos (Not. Do Brasil. Liv. 2.º) citando Marcgraff e outros autores, conta, como verdadeira, a fábula a que aludem estes versos. Aproveitou-se dali uma comparação poética: nada mais. (N. do A.)

 

7

Veja G. Dias, Últimos cantos, pág 159:


       ...Quanto o meu corpo
À terra, mãe comum...

(N. do A.)

 

8

Anagê, na língua geral, quer dizer gavião. (N. do A.)

 

9

Embora não adotados pelo autor, utilizamos na entrefala o itálico e únicas aspas para facilitar a compreensão do texto. (N. do E.)

 

10

Não sabido, ainda hoje o digo sem armar à contestação dos benévolos. Mas havia uma razão para mais escrever aquelas palavras quando compus este pequeno poema; destinava-o à publicação anônima, o que se verificou nas colunas do Jornal do Commercio em junho e agosto de 1870, tendo por assinatura um simples Y. (N. do A.)