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Se quiséssemos, poderíamos ir ainda mais longe: a cena que Borges põe nas mãos de Nolan contém traços holywoodianos, conforme o cinema narrou a história de Jesus, ao se referir a «centenares de actores»
que «colaboraron con el protagonista»
(p. 498). Quando o narrador indica que os livros históricos repetiram «las cosas que dijeron e hicieron»
, a referência se estende aos Evangelhos, supostamente reprodutores fiéis e confiáveis, mas igualmente endeusadores, das palavras de Cristo.