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«Todos os animais buscam com sofreguidão esses lugares, não só mamíferos como aves e reptis.
O gado lambe o chão atolando-se nas poças, bebe com delícia aquela água e come o barro.» Escragnolle Taunay.
Tratando dos lugares a montante da Barra do Rio Grande, diz Aires de Casal: «Há várias lagoas pequenas em maior ou menor distância do rio, todas de água mais ou menos salobra, em cujas margens o calor do sol faz aparecer sal como geada.
A água destas lagoas (e mesmo a doce) filtrada por uma porção de terra adjacente em cochos de pau ou de couro finamente furados e exposta em tabuleiros ao tempo em oito dias cristaliza ficando sal alvo como marinho.
Quase todo esse sal para o centro de Minas Gerais.» Corografia Basílica, II, p. 169.
2
Acompanhe-se o Relatório de Frei Monte-Marciano.
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Vide Descrições Práticas da Província da Bahia pelo tenente-coronel Durval Vieira de Aguiar.
4
Caetano Pinto de Miranda Montenegro, vindo em 1804 de Cuiabá ao Recife, andando 670 léguas, passou pela Barra do Rio Grande, e no relatório que enviou ao visconde de Anadia, diz, referindo-se àqueles lugares, que «em nenhuma parte dos domínios portugueses a vida dos homens tem menos segurança». (Liv. 16. Corr. da Corte, 1804-1808)
5
«Quem precisa de jagunços no Rio S. Francisco manda-os contratar nesse grande viveiro. O clavinote com a munição é o preço; o mais arranjam facilmente conforme o valor da impunidade que a influência do patrão oferece». Tenente-coronel Durval. Idem.
6
Terras grandes -frase vaga com que os matutos designam o litoral que não conhecem. Com ela abrangem o Rio de Janeiro, a Bahia. Roma e Jerusalém -que idealizam próximas umas de outras e muito afastadas do sertão. É o resto do mundo, a civilização inteira, que temem e evitam.