Selecciona una palabra y presiona la tecla d para obtener su definición.
Indice


 

1

Trata-se de facto, de uma peça estranha ao conjunto, felizmente assinada por Frater Martinus scolaris Alcobatie. Embora não datado, tal texto terá sido redigido e copiado possivelmente em inícios do séc. XV, e tal vez ainda antes de o caderno a que pertence estar associado ao elenco actual. Está atestada, efectivamente, no começo deste século a existência de um Fr. Martinho de Alcobaça (possivelmente o mesmo que Fr. Martinho de Aljubarrota, já que as datas coincidem) que copiou os códices Alc. 387, 231 e 281, e que em 1410 era Mestre de Noviços (Alc. 281, fol. 42v).

 

2

EVELYN FAYE WILSON, The Stella Maris of John of Garland, Cambridge Mass., 1946, p. 30-31.

 

3

É conhecida de entre as narrativas de milagres uma em que se refere a aparição da Virgem a um monge, gratificando-o pelo cuidado sempre posto por ele em escrever o nome de Maria. Constitui o n.° 384 das Cantigas de Santa Maria e está registado em várias compilações de milagres. Cfr., entre outros, o estudo de T. F. CRANE, «Miracles of the Virgin», The Romanic Review, 11, 1911, pp. 235-279, particularmente p. 258, onde se transcreve tal narrativa.

 

4

Não deixaremos de apontar que as obras de referência nem sempre constituent base inequivocamente segura para uma informação correcta e completa. Para as composições poéticas, por ex., esperar-se-ia que a obra de HANS WALTHER, Initia Carminum ac uersuum Medii Aeui posterioris latinorum, Gotinga, 1969, fornecesse o incipit de todos os binos que figuram cm U. CHEVALIER, Repertorium hymnologicum, Lovaina-Bruxelas, 1892-1920. Embora a dependência seja patente, tal não acontece, e, para alguns hinos publicados posteriormente à obra de U. Chevalier tivemos que recorrer à consulta dos índices individuais nos 55 vols. dos Analecta Hymnica Medii Aevi, ed. G. Dreves-C. BIume-H. Bannister, Lipsia, 1886-1922. O recurso suplementat a B. HAURÉAU, Initia Scriptorum Operum Latinorum, rep. an., Turnhout, 1978, não supriu a informação que procurávamos. Os milagres podem todos eles ser referenciados em ALB. PONCELET, «Miraculorum B. V. Mariae quae sacc. VI-XV latine conscripta sunt Index», Analecta Bollaudiana, 21, 1902, p. 241-360 (adiante faremos referência a este índice pela sigla MBVM) e na Patrologia Latina, para Hugo Farsito. Sublinhe-se igualmente o injustificado esquecimento com que os editores têm tratado o Fundo Alcobacense. Se não existe um Catálogo plenamente adequado (o vol. de Indices constituído em 1978 para o Inventário dos Códices Alcobacenses, Lisboa, 1930-33, não pretendeu suprir as deficiências, mas apenas ordenar um material disperso), já Fe. FORTUNATO DE S. BOAVENTURA, nos seus Commentariorum de Alcobacensi manuscriptorum Bibliotheca Libri Tres, Coimbra, 1828, fizera uma apresentação sobejamente elucidativa do valor do Fundo Alcobacense e publicara, inclusive, quatro dos poemas deste códice. De resto, o facto de tal obra ter sido redigida em latim punha ao alcance dos investigadores uma informação abundante, mesmo quando necessitada de revisão.

 

5

Esperamos ocupar-nos deste assunto noutra oportunidade.

 

6

Tenha-se presente o que deixamos dito a seu respeito na nota n.° 1.

 

7

Cfr. EVELYN FAYE WILSON, Op. cit., p. 12 ss.

 

8

Analecta Bollandiana, XXI, 1902, p. 241-360.

 

9

AHMAE, ed. G. M. DREVES - C. BLUME - H. M. BANNISTER, Lipsia, 1886-1922 (= Nova Iorque / Londres, 1961), 55 vols.

 

10

Segundo o Decretum Gelasiannum, há que entender por apócrifo um livro não reconhecido pela Igreja, e por isso de autoridade contestável, e não propriamente uma obra pseudo-epigráfica, já que sob aquela designação entravam obras de autores coriheddos como Tertuliano, Lactâncio, etc.

Indice